sábado, 16 de abril de 2011

Discurso não realizado para colação de grau em Direito

Esse discurso foi preparado em agosto de 2010 para a cerimônia de colação de grau de bacharéis em Direito que se formaram fora do tempo regulamentar.

Acabou não sendo usado porque não houve "espaço" na "cerimônia" para isso, mas achei que deveria deixar mais esse rascunho aqui:

"(Feitos os devidos cumprimentos, segue o o texto)

Primeiramente, devo registrar que é com grande honra que, neste momento, eu assumo o papel de proferir algumas palavras e expressar o sentimento em nome dos futuros bacharéis em Direito.

Quando passamos no vestibular, há alguns anos, certamente todos nós comemoramos bastante. Recebemos muitos parabéns, fizemos festa, houve euforia, alvoroço etc. Para a maioria de nós, se não para todos, hoje a festa é menor; mas, se nós pararmos e refletirmos um pouco, veremos que a festa de hoje é a mais importante, que essa sim representa a nossa vitória. Aqui deveria estar o ápice da nossa alegria e da nossa satisfação, porque esse momento é o coroamento do esforço de cada um de nós, que se iniciou quando nos preparávamos para o vestibular e terminou hoje, pelo menos em uma etapa.

Durante a longa jornada em que cursamos Direito, fizemos boas amizades, nos alegramos bastante, nos aborrecemos também; enfim, tivemos frustrações e felicidades. E, certamente muitas pessoas ficarão em nossas lembranças, colegas, professores, servidores e colaboradores; e, pode ser que alguns até façam parte das nossas vidas hoje ou futuramente.

O fato é que, pelas mais variadas circunstâncias, problemas pessoais, prioridades, opções profissionais e outros, não cursamos apenas os cinco anos regulamentares do curso de Direito e permanecemos ainda mais tempo ligados a esta Instituição. E é pensando nisso que, agora, eu convido cada colando a recordar a sua vida acadêmica e a afirmar com convicção que absolutamente todos os bons e os maus momentos não foram em vão; valeram o esforço, valeram as preocupações, as ansiedades e tudo mais que se tenha vivido.

Aproveito, esse momento também para dividir esta conquista com as várias pessoas que permitiram que nós chegássemos aqui. Agradeço:

A Deus, que rege todas as coisas;
Aos nossos familiares e amigos próximos, que são as presenças que certamente fazem a diferença em nossas vidas;
À Universidade Federal do Pará, esta instituição que nos ofereceu o ensino público e não podemos esquecer que é custeado por toda a sociedade brasileira;
E, como toda Instituição é feita por pessoas, faço um agradecimento especial aos professores, alguns dos quais merecem verdadeiramente ser chamados de mestres, e aos diversos servidores e colaboradores do Instituto de Ciências Jurídicas, aqui representados pelo seu diretor.

Chegando já ao fim dessa pequena fala, lembro que, daqui a pouco, faremos um Juramento e poderemos ser chamados de Bacharéis em Direito. Independente da carreira que nós escolhamos e até que ela não seja tipicamente jurídica, a sociedade deseja, espera e, principalmente, necessita que nós façamos bom uso do conhecimento que nos foi dado de graça, literalmente.

Pensando nisso, faço uso de algumas palavras que não são minhas, mas expressam meu pensamento: 'Afinal para quê serve o direito, senão para o bem do homem?, e este bem estar deve ser perseguido por cada um de nós na carreira que abraçarmos. Não seremos Juízes, mas sim aplicadores da justiça; não seremos advogados, mas sim defensores dos direitos dos homens; não seremos membros do ministério público, mas sim guardiões das leis; não seremos professores, mas sim mestres na formação doutrinária das novas gerações. Tendo em mente que a flecha lançada passa a ter vida própria depois que sai de nosso controle. Não há como garantir que acertaremos o alvo, mas que nos reste sempre a tranqüilidade de que fizemos tudo conforme nos dispomos, seguramos o arco com firmeza e miramos bem o alvo'.

Para encerrar, desejo sinceramente que o juramento que a seguir faremos seja registrado em nosso coração e que Deus ilumine nosso caminho profissional e pessoal.

Muito obrigada!"

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Felicidade é o Caminho

 “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”.
(citação atribuída a Mahatma Gandhi)

Antes de conhecer essa frase, uma vez, discutindo com alguém sobre felicidade (o quanto era infeliz, em tese, por minha causa), eu disse o seguinte: “Nós somos protagonistas da nossa felicidade, ou melhor, cada um é protagonista da sua própria felicidade”. Isso significa que somente nós podemos ser responsáveis por sermos felizes ou infelizes, só depende de nós mesmos. No caso específico, eu dizia para ele que não podia depositar isso nas mãos de outras pessoas ou de conquistas específicas, ou da vida perfeita, ou da companhia perfeita, porque a perfeição não existe (não creio que nesse mundo).

E falei sobre qual era o meu conceito de felicidade: “Para mim, é como uma estação de rádio, que eu escolho ouvir enquanto faço minhas tarefas do cotidiano, nesse caso, enquanto sigo vivendo. Você pode escolher simplesmente desligar o rádio, ou colocar na estação da infelicidade, ou da mágoa, ou da ansiedade, ou em qualquer outra que seja, e passar a procurar a felicidade em uma ou mais coisas dia-a-dia (sucesso, dinheiro, pessoas, títulos), mas quase sempre você vai se decepcionar e vai julgar nunca ter conhecido a felicidade”. Em resumo, eu sinto que a felicidade é um estado de espírito.

Continuando, eu disse que só acreditava em infelicidade para aqueles que vivem situações extremas, não tem segurança, seja de moradia, alimentar, política etc, ou todas juntas; porém, quem teve a “sorte” de nascer numa família, conhece valores, o certo e o errado, alimenta-se todos os dias, tem uma casa, não que não possa ser infeliz, pode sim, mas digo o seguinte: pode ser infeliz tanto quanto pode ser feliz. Nesses casos, é uma questão de escolha.

Finalmente, disse que a minha escolha é ouvir a estação de felicidade, que, para mim, toca uma música tranqüila e alegre, que é como procuro levar a vida, com alegria e tranquilidade. Choro, sim, e bastante, me queixo, reclamo, faço muitas coisas erradas, mas essas coisas não podem penetrar no fundo de quem eu sou. Sei que sou imperfeita e que, como eu, todos e tudo ao meu redor será.

A analogia com a música tem tudo a ver comigo, porque amo muito música, mas para outra pessoa pode não fazer tanto sentido. Talvez faça sentido comparar com uma partida de futebol e com uma noite de sono etc. Fato é que a felicidade é algo tangível e simples, como uma música, uma partida de futebol ou uma noite de sono. Não é algo que dista de nós, isto é, se não quisermos.

Agora, vendo essa frase (a lá do início), percebi que ela resume bem o que penso sobre ser feliz. Ser feliz é o caminho, não é o fim. As pessoas procuram sempre chegar a lugares para se sentirem felizes, não percebem que a caminhada que trilham para os diversos caminhos era o que devia fazê-las feliz. Haverá sempre muitos objetivos e conquistas; e devem existir. Cada chegada é uma pequena vitória, mas a caminhada, maratona, luta etc. não termina (pelo menos se você crê em vida eterna). Se você não crê, aí sim é que a felicidade tem que ser seu caminho. De fato, não importa a sua crença...

Para terminar, mostro outra citação que me é inspiradora, esta atribuída a Madre Teresa,  pois diz que o importante é seguir em frente. Se o que importa é seguir em frente, não é a chegada que importa, é o caminho.

"Enquanto estiver vivo, sinta-se vivo. Se sentir saudades do que fazia, volte a fazê-lo. Não viva de fotografias amareladas... Continue, quando todos esperam que desistas. Não deixe que enferruje o ferro que existe em você. Faça com que em vez de pena, tenham respeito por você. Quando não conseguir correr através dos anos, trote. Quando não conseguir trotar, caminhe. Quando não conseguir caminhar, use uma bengala. Mas nunca se detenha”.

Sejamos todos felizes então. É o meu desejo.




Introdução a postagens piegas

Que fique claro que nunca li um livro de autoajuda a não ser Álbum das Garotas e Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor. Tá, tudo bem, não são livros de autoajuda, mas para mim, são como se fossem, porque são daquele tipo “informativos”, que as pessoas costumam ler e achar que encontraram fórmulas de entendimento para muitas coisas.
Faço essa ressalva de “não-leitora” para deixar claro, porque tantas vezes li algo que já pensava sobre. E, ah, vão dizer que eu sou excepcional, não sou nada disso, apenas penso demais, como qualquer um faz ou pode fazer, e tenho algumas “diretrizes” ou teorias que uso na minha vida. Também falo isso para enaltecer todos nós, “zés ninguéns”, que podemos pensar e escrever o quanto queiramos e não precisamos vender livros nem ser qualquer coisa demais para isso.

Toda vez que as idéias não forem minhas diretamente (indiretamente, nenhuma idéia é minha porque todas são baseadas em diversas experiências e, é muito provável, em coisas que vi e li por aí), eu referencio isso no texto.

É, amigo, sou prolixa, principalmente escrevendo, então, se não gostar de ler ou não fizer aquela leitura rápida (como eu sempre faço, rsrsrs), então nem precisa continuar...

Posso mudar o que penso. Ninguém é estanque, menos ainda são os pensamentos. Portanto, meu conselho é não leia nada como verdade absoluta, pois não é assim que eu falo.